Começou na passada 6ª feira mais uma edição da Semana do Teatro em Campo Maior, sendo que esta já vai na sua 5ª edição. Após o primeiro fim de semana e em género de balanço, creio que o saldo foi francamente positivo. A retrospectiva dos 10 anos de Bla Bla Bla com pequenos excertos de peças, representadas na entrada do CC foi bem conseguido apesar de alguma confusão no posicionamento de quem estava a ver.
A peça de estreia, "Aparências", foi simpática, num registo descontraído de uma trama cheia de acção e mistério.
No sábado "Time Crisis" foi o ponto alto do fim de semana, peça estreada pelo Bla Bla Bla, descontraiu e fez rir, conseguindo por breves instantes fazer da crise uma anedota, terminando em festa com o festejo dos 10 anos de actividade desta Associação de Teatro.
Ontem o ciclo do fim de semana encerrou com "Nick" da Companhia de Teatro de Portalegre, de onde sinceramente esperava mais e melhor, salvando-se de uma trama com pouco interesse e uma musica de fundo irritante, a excelente prestação de Adriano Bailadeira.
Durante a semana, as peças a apresentar são vocacionadas para os mais novos, voltando na 6ª feira o teatro mais "adulto" com a peça da Associação Axpress Arte, "Yerma", que está já a gerar grande expectativa, mas do fim de semana que vem irei falar na próxima semana, até lá façam favor de ser felizes...
Uma palavra ainda para a exposição de fotografia que está no CC dedicada aos 10 anos do Bla Bla Bla que pode ser vista até ao dia 28.
in Vila Raiana
Já visitaram? Viram alguma peça? Qual a vossa opinião?
Se é que tem alguma importância, a minha opinião é simplesmente "E viva a cultura!!!!"
A peça de estreia, "Aparências", foi simpática, num registo descontraído de uma trama cheia de acção e mistério.
No sábado "Time Crisis" foi o ponto alto do fim de semana, peça estreada pelo Bla Bla Bla, descontraiu e fez rir, conseguindo por breves instantes fazer da crise uma anedota, terminando em festa com o festejo dos 10 anos de actividade desta Associação de Teatro.
Ontem o ciclo do fim de semana encerrou com "Nick" da Companhia de Teatro de Portalegre, de onde sinceramente esperava mais e melhor, salvando-se de uma trama com pouco interesse e uma musica de fundo irritante, a excelente prestação de Adriano Bailadeira.
Durante a semana, as peças a apresentar são vocacionadas para os mais novos, voltando na 6ª feira o teatro mais "adulto" com a peça da Associação Axpress Arte, "Yerma", que está já a gerar grande expectativa, mas do fim de semana que vem irei falar na próxima semana, até lá façam favor de ser felizes...
Uma palavra ainda para a exposição de fotografia que está no CC dedicada aos 10 anos do Bla Bla Bla que pode ser vista até ao dia 28.
in Vila Raiana
Já visitaram? Viram alguma peça? Qual a vossa opinião?
Se é que tem alguma importância, a minha opinião é simplesmente "E viva a cultura!!!!"
15 comentários:
Quero dar aqui o meu apoio aos actuais "donos" do blogue.
De facto o sr 3hm era muito apreciado, contudo penso que está a ser dada continuidade ao seu trabalho. Há uma postagem diária, e os temas são da terra. Alguns com mais interesse que outros é certo, mas são temas.
Como é possível a estas horas ainda ninguém ter comentado o tema proposto para hoje?
Não percebo.
Um abraço aos actuais administradores e não desistam.
Maria Antínia a Justa
Acompanhei os 3 espectaculos do fim de semana. Em relação aos dois espectaculos mais aguardados deste festival (Time crisis e Yerma) posso dizer que aquele que ja subiu ao palco (Time crisis - Bla Bla Bla) me surprendeu muito, mas nao correspondeu às minhas expectativas. Foi alegre, fora do registo normal do Bla Bla Bla, mas fraco. Faltou qualidade teatral. Deixaram-se ir por banalidades, piadas faceis, às quais a maioria dos espectadores corresponderam da melhor forma.
Resta esperar pela sexta-feira e ver a outra grande produção deste festival, apresentada pela Axpress-arte e de nome Yerma.
Parabens a todos!
Um abraço
Acho que já estava na altura de uma lufada de ar fresco pela parte do Blá Blá Blá nas suas peças. Consseguiram provar mais uma vez que são os melhores a fazer teatro em Campo Maior, surpreendendo todo o público com esta nova peça. Ninguem estava à espera de um espectáculo destes com uma excelente qualidade.
Estão de parabens estes jovens que dedicam o seu tempo ao teatro por prazer.
P.S.: Porque é que os gestores do blog apenas se dedicam a publicar textos de outros sitios? Não têm capacidade criativa?! Com a saída do 3hm, o blog perdeu qualidade...
Ao Sr. Anónimo das 19:44 pergunto:
- Por acaso ja foi ver alguma peça de teatro sem ser do Bla Bla Bla??
De certeza que nao! Para dizer que sao os melhores a fazer teatro em Campo Maior, só pode!
Por amor de Deus! primeiro pergunte-se o si mesmo o que é o teatro.
Tenha dó!
um abraço
Caro anónimo, tenho visto várias peças de teatro em Campo Maior e pelo país fora. Sou grande apreciador de teatro. Não me venha dizer que as "Romarias" e Gente fina", e não só, são grandes espectáculos, porque não são. Apenas dou grande valor a pessoas com uma certa idade, terem a coragem de pisar um palco.
Também estou ansioso para ver a "Yerma", porque, sem dúvida alguma, também irá ser um grande espectáculo.
Sei separar o trigo do joio e na minha opinião eles são os melhores.
Como diz o ditado, "Gostos não se discutem".
Antes de mais obrigado por citarem o meu blogue, sem duvida que o artigo aqui ganha outra visibilidade.
Em relação ao tema, tenho a dizer que com este tipo de iniciativas quem fica a ganhar sem duvida é a cultura em Campo Maior, porque goste-se ou não das peças,tenham estas maior ou menor qualidade (como diz o Anónimo e bem, gostos não se discutem) o que é realmente necessário e importante é que o teatro bem como qualquer tipo de arte seja dinamizado e divulgado. No caso desta V Semana do Teatro existem vários tipos de arte a serem divulgados, o teatro a dança e a fotografia, por esse mesmo motivo e aproveitando as palavras da Desta Vila a conclusão é mesmo: "E viva a cultura!!!"
Também tenho acompanhado com interesse o encontro de Teatro de Campo Maior. Interesso-me bastante por Teatro, ainda que de forma amadora na sua significação mais comum e amadora no sentido francês - aquele que ama alguma coisa. E devo dizer que contrariamente ao que está exposto no post, não gostei das duas primeiras peças apresentadas e reconheci alguma qualidade na última.
A peça de sexta-feira à noite surge como demasiado banal, sem grande qualidade artística. Apesar de ter uma trama bem explorada não acrescenta nada. Recordem-se que o "olho por olho e dente por dente" é muito antigo e todos os estados de direito se distanciaram deste princípio por este não ir de encontro ao verdadeiro conceito de justiça.
Quanto ao Bla, devo dizer que me senti verdadeiramente impressionado pela negativa. Este é na minha opinião, um dos seus piores trabalhos. A mensagem da peça não trazia mais que banalidades, tentando abordar a crise de forma irónica repetindo discursos (já conhecidos dos meios de comunicação, e de meras conversas de café). Gozar com a crise, quem ainda não o fez: Cartoons de jornais, humoristas portugueses, programas com décadas de existem, a revista portuguesa quase ainda não fez outra coisa, entre muitos outros exemplos.
Imitar políticos, está a tornar-se numa constante nas peças de teatro em Campo Maior. Há programas que o fazem há muito tempo (gato fedorento, contra-informação, os contemporaneas). Que o bla o faça uma vez tolera-se, agora passado tao pouco tempo da última revista atirarem-nos outra vez com a risota fácil!
A utilização de vozes estranhas por parte daquele miúdo novito já cansa e garanto que perferiria ver durante um mês o preço certo que aquela idiotice da Crise Certa (sendo que a utilização de concursos é também um deja-vu na comédia portuguesa). Enfim assistimos a um espectáculo de má qualidade, brejeiro que nem permitiu aos actores mostrarem se têm ou não qualidade , pois o texto era completamente incoerente. Poderia até pensar-se que era teatro do absurdo se não fosse tão mau.
Peças dos últimos anos como Trágicos à Força, Bodas de Sangue e (principalmente) Pessoas estão bem distantes disto.
A peça de Domingo mostrou a qualidade técnica dos actores e conseguiu passar ao público o a pressão psicológica de um interrogatório policial até ao ponto de irritar verdadeiramente.
Por último quero deixar os meus parabéns ao bla por dez anos, mas cuidado: na vontade desmesurada de fazer rir o público estão a transformar-se numa piada de mau gosto!
abraços
este blog perdeu qualidade...
onde anda o 3h da manha??
queremos homens cultos e não gente que nem sabe do que fala...
VOLTA 3H DA MANHA...
isto sem ti não é o mesmo
Caro anónimo das 22:53,
como já aqui foi referido, gostos não se discutem, e estou completamente de acordo nem toda a gente pode gostar do mesmo.
Agora vamos lá ver se eu percebi.
Pela sua lógica, tanto programas de entretenimento ou mesmo cartoons, têm "gozado" bastante com a crise e por isso nós já não podemos fazer o mesmo porque? Porque não temos qualidade suficiente? Ou porque não somos profissionais, como o Ricardo Araújo Pereira? Ou só profissionais é que podem fazer esse trabalho?
Se a crise afecta a todos, todos podemos falar e dizer o que pensamos dela. Também não podemos imitar políticos? Ou só os Gatos têm esse direito?
Quanto à risota fácil, é o que o povo de Campo Maior gosta e não quer outro tipo de espectáculos. Basta ver na Revista as enchentes que há sempre e na segunda vez que se repete uma peça de teatro, que não é revista, as pessoas já não aderem. E porquê? Porque o Povo só gosta de "caralhadas" e "putalhadas"... Por isso mesmo, o Blá Blá Blá, este ano resolveu "arejar" e mostrar outro tipo de teatro às pessoas, para não ser sempre o mesmo. Resolvemos apostar no Teatro de improvisação, auto-criação e surrealismo.
Quanto a eu utilizar as vozes "estranhas", como o senhor diz, tem todo o direito em não gostar, mas vir dizer que já cansa... apenas duas vezes fiz vozes diferentes, na 1ª revista e fiz porque me o pediram, e desta vez na "Time Crisis", que surgiram por uma brincadeira num ensaio e todos gostaram e ficou na marcação.
Quanto aos textos, o senhor diz que eram incoerentes, pois bem o meu professor de Português estava a assistir à peça e elogiou, e muito, os textos, perguntando quem os tinha escrito. Quando ele soube que tinham sido os actores a escrever ficou totalmente admirado com a qualidade deles. Se de facto foram incoerentes, como é que conseguimos passar a mensagem e fazer com que todos se rissem?
Sei que não sou nenhum profissional mas ja tenho uns bons anitos de teatro e algumas formações na àrea para perceber o que é bom e mau.
Mas enfim quando se trata de um assunto qualquer do Blá, fala-se sempre mal... mas como vozes de burro não chegam ao céu...
Fico-me por aqui porque não vale a pena lavar cabeças a burros...
Ó "Miudo Novito" (assim com minúsculas porque, com a sua arrogância, mais não merece): se fazer arte, qualquer arte, tivesse sido sempre fazer o que que o povo gosta, a arte nunca teria sequer existido. Arte não é comércio e muito menos deve ser prostituição para agradar ao gosto chão das clientelas. A arte deve provocar a emoção e também o riso, mas sempre com o objectivo de elevar, fazer pensar, compreender, perceber os sentidos menos evidentes mas mais profundos das coisas.
O resto são imitações mais ou menos festivaleiras daquilo que consideramos como arte.
Você pode escolher ser mais um dos que optaram por fazer cócegas em busca da gargalhada alarve e bacoca de um certo tipo de público. Tem todo o direito de o fazer. Mas não venha pôr-se em bicos dos pés e afirmar que o faz em nome de um projecto que pretenda ser tomado como arte. Quando muito será um arremedo menor do verdadeiro fenómeno artístico.
Note: quem se propõe fazer arte assume o compromisso de contribuir para a formação do gosto e não deve submeter-se à tirania do desejo alarve da anticultura que se costuma designar como popularucho.
Se ainda é novo, faça o favor de reflectir. Às vezes torvamos porque não considerámos as coisas com a devida ponderação.
Considere uma coisa que se aprende quando se está de boa intenção: mais vale uma dura crítica do que um aplauso bacoco e aprendemos mais com os que nos criticam do que com os que nos adulam, mesmo que os aduladores se apresentem como professores.
Força miúdo novito!!!
Não ligues a bocas de pessoas que só o que fazem é dizer mal de tudo o que se faz por cá em questão de cultura!!!
Essas pessoas deviam é nascer sem boca!!!
Essas pessoas devem perceber tanto de cultura como as pessoas que vivem no Martir Santo.
Eu até acho que os do Martir Santo percebem mais de cultura que essas pessoas!...
Força Blá!
O importante é que cada vez que o Blá faz um espectáculo é sempre casa cheia!!!
Será que somos todos uns incultos???
Eu não falei mal gratuitamente do Bla, dei a minha opinião, que realmente não é boa. E quem tenha lido o meu comentário com a devida atenção teria lido outras peças anteriores que eu elogiei. Mas como as vozes de burro não chegam ao céu, as minhas não devem ter chegado ao seu entendimento. Vi que foi com agressividade que respondeu ao meu comentário, pelo que fico contente.
Quando Fernando Pessoa publicou o primeiro número do ORPHEU festejou o facto de lhe terem chamado louco, gostou da raiva que causou ao lerem aquilo que escreveu.
Claro que eu nunca, até hoje, me permiti comparar com Pessoa pois isso seria para mim um verdadeiro sacrilégio (no sentito de profanação do sagrado e não daquele que vocês usam na Revista. Mas depois de afirmar a presença de surreealismo na vossa peça sinto-me até capaz de rivalizar com T.S Eliot (poeta, dramaturgo, ensaísta e crítico norte-americano).
E eu não quis dizer que como outros o fazem vocês nao o possam fazer, mas que na minha opinião é uma repetição de má qualidade. Se abrisse um restaurante italiano de boa qualidade, na iria abrir um ao lado de péssima qualidade. Ou até o podia fazer, mas tem que concordar comigo que seria uma má aposta!
E ainda bem que vozes de burro não chegam ao Céu, porque graças a Deus não sou crente (passe o paradoxo)
abraços
A verdade, caros bloguers, é que é smpre complicado agradar a gregos e troianos.
A verdade, também, é que a peça que fizeram nao tinha conteudo, mas tinha uma mensagem.
Creio, e nao sei se é de opiniao geral, que se devia "educar" Campo Maior! Como diz José Régio "vos amais o que é fácil".
Tambem acredito que fazer rir seja algo complicado, por vezes mais do que se pensa. mas se aos poucos começarmos a introduzir o drama, as mentes começarao a entende-lo e até a gostar. nao digo por-se de uma enfiada tudo drama, tragedia, mas ir mostrando que teatro nao é so rir. é tambem aprender e crescer.
Gostei da peça Bodas de Sangue, mas pouca gente a entendeu. depois vi o Pessoas e numa das vezes que fizeram para os jovens, pararam a peça a meio porque os actores estavam literalmente a serem gozados.
Time Crisis teve uma boa aderencia, as pessoas gostaram, eu gostei, mas...
...mais do que uma peça ser menos boa em 10 anos, preocupa me os jovens, o futuro, nos o futuro.
Boa continuaçao e cmps
A todos os que por aqui andam:
Gostaria de saber porque é que nao se fala bem dos actores da peça TIME CRISIS ou pelo menos daqueles que se portaram bem.Mas por aqui falasse muito mal.
Parabens BLA BLA BLA.Conseguiram fazer aquilo que ninguem conseguiu e que muitos queriam.
Os melhores cumprimentos
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