quarta-feira, 26 de novembro de 2008

De Blogue a Blogue, Zé da Água

Hoje não temos uma “Nova Votação”, pois vamos dar uma remodelação ao blogue e ainda não sabemos se iremos perder algumas aplicações.

É com muita satisfação, que trago até vós esta entrevista com o Sr. Joaquim Candeias, responsável pelo blogue “Zé da Água”, pois além de ter existido a possibilidade de falar da actividade desta empresa, foi possível abordar questões muito actuais e obter a visão de um comerciante/empresário de Campo Maior.

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- Porque o nome Zé da Água?
É uma história que meu pai trouxe quando trabalhava na construção da barragem do Caia. Já depois disso continuaram a chamar-lhe Zé da Água e Zé da Água ficou.

- Qual a diferença do antigo Zé da Água para o actual (falando da superfície comercial)?
O nome Zé da Água, foi sempre um nome que esteve ligado à sucata, hoje a realidade é bem diferente, embora ainda se recolha alguma sucata, o nosso negócio e as nossas vendas mais significativas são em ferro novo, ferragens, artigos de bricolage, etc., etc.
Ou seja temos um conjunto de artigos e produtos das mais diversas áreas, que vão desde a serralharia, a construção civil, a agricultura, os artigos de bricolage, materiais para jardins, vedações, produtos de limpeza, entre outros.
Podemos dizer que o Zé da Água deu um passo à frente, modernizando-se e colocando à disposição dos nossos clientes e amigos, um sem fim de materiais que não se vendiam em Campo Maior.

Qual o Objectivo do seu blogue?
No início o blogue foi mais uma brincadeira do que outra coisa, pois a empresa dispõe de uma página Web em www.sabemais.pt/ferroscandeias, mas as actualizações são feitas pela empresa só de tempos a tempos. Se visitarem este sitio notam as condições em que nos encontrávamos e das dificuldades que tínhamos para a exposição das máquinas e equipamentos que actualmente comercializamos.
O blogue começou-se a fazer em meados de Outubro e o primeiro post foi feito no dia 30 de Outubro.
Foi a pensar no público de Campo Maior e arredores que criámos o blogue, quando digo arredores são os Concelhos vizinhos, a norte, e suas Freguesias, onde felizmente temos muitos clientes, inclusive localidades espanholas como, Albuquerque, Codosera, Marco e ainda Tojera. Já que para o lado de Elvas é diferente, embora tenhamos alguns clientes, não são assim tantos porque outros colegas do ramo, de quem somos amigos, tem mais influência no mercado local.
Como se percebe o objectivo do blogue é divulgar e levar a nossa empresa a casa de potenciais clientes, para podermos aumentar o nosso volume de negócios e ainda saber o que os nossos amigos e visitantes pensam, através dos possíveis comentários que nos deixem, ajudando-nos a melhorar.

- Além do blogue pretende apostar mais nas novas tecnologias? Por exemplo, vendas online?
Por enquanto ainda não mas com o tempo tudo é possível, nós mesmos já compramos online.
Já pensamos, foi na facturação através de correio electrónico, mas de todas as formas tem que ser impressa no destino e acabamos por não o fazer.

- Acha que o facto de estar num local onde a estrada que dá acesso a sua superfície comercial, estar em más condições condiciona as suas vendas?
Eu penso que não, embora esteja previsto o arranjo da mesma, que já necessitava a algum tempo, as pessoas tem que ir onde estão as necessidades de cada um, aqueles que passam nesta estrada, nem todos vão ao meu estabelecimento, por isso quem lá passa tem que ir a outro lado e passar por lá, talvez por oferecer mais segurança que a chamada estrada da Figueira, visto esta, embora com o piso em melhores condições, ofereça menos segurança, por ser uma estrada estreita e por vezes alguém com mais pressa não repare no perigo que representa, andar a velocidades excessivas para ela (mesmo dentro dos limites estabelecidos por lei).

- Não acha que se a sua superfície estivesse localizada dentro da vila poderia ter uma maior movimentação?
Hoje é difícil uma pessoa deslocar-se a pé, os sítios onde cada um tem que ir estão por vezes numa distância considerável. A nossa vila já não é o que era, estava aqui tudo à mão praticamente dentro da zona histórica da vila, desde o super mercado às ferragens, tintas, etc. Também muitas vezes é o que temos que transportar, com certeza não vamos transportar objectos de certas dimensões debaixo do braço ou de bicicleta como se fazia à uns anos atrás.
Temos outras empresas em Campo Maior, não é necessário dizer nomes, que estão dentro da vila e quem vai lá não vai a pé.

- A crise económica já foi sentida no Zé da Água?
A crise económica foi sentida no Zé da Água e na maioria do comércio, desde o comércio tradicional até as grandes superfícies, passando pelos transportes, construção civil e até mesmo na agricultura, e, queiramos nós ou não, nestes meios pequenos a crise afecta toda a gente, não há trabalho - não se ganha, não se ganha - não se compra, não se compra - não se vende. Tão simples como isso.

- Clientela espanhola, realidade ou ficção?
Já foi mais, pelo menos na nossa actividade, como trabalhávamos com sucatas, e objectos antigos, era normal termos mais clientes espanhóis que procurassem essas raridades, como agora estamos trabalhando menos com este ramo é natural que os espanhóis já não visitem tanto a nossa empresa, embora aqueles que tenham casas de campo ou mesmo aqueles que estejam no parque de campismo na Barragem sejam clientes nossos, já não tanto à procura de objectos de decoração antigos mas sim ferro novo e ferragens.
- Quer deixar alguma mensagem aos leitores do "Ó mê belo Campo Maiore…"?
Se eu disse-se que não o lia estava a faltar à verdade, leio este e vejo os comentários, como leio outros e igualmente os comentários, uns dedicam-se a uns temas, outros, a outros temas.
O que eu acho é que os comentários nem sempre são construtivos, onde se nota que comentam pessoas com um nível de cultura superior à média e comentam coisas que estão mal e não são capazes de dizer como ficavam melhor.
Eu sei que detrás de um computador todas as pessoas estão seguras (?) e podem dizer o que quiserem sem ofender ninguém (para isso existe o moderador de comentários) mas, também falar só por falar não acho uma justificação justa para o fazer. Comentem com ideias construtivas dizendo como seria ou como ficava melhor, mesmo no anonimato (que eu defendo) nunca poderão ser apontados, caso alguém considere a ideia absurda.

Joaquim Candeias/Blogue Zé da Água
15/11/2008

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Estão à vontade para comentar.


Cumprimentos.

PS: O meu agradecimento ao Sr. Joaquim, por toda a sua disponibilidade e compreensão.

PS1: Bem-vindo Latino! Faço votos que esta parceria seja um sucesso!

4 comentários:

Anónimo disse...

Parece que o primeiro entrevistado, Zé de Mello não resistiu à entrevista (brincadeira) e está de portas fechadas!!!

Anónimo disse...

Pois eu considero o Zé da Água um dos mais simpáticos e honestos blogues de Campo Maior.
Força e façam-me o favor de continuar.
Cá estamos para apoiar com as nossas leituras e, sempre que for caso disso, com os nossos comentários mais ou menos anónimos mas sempre bem educados.

Anónimo disse...

boa entrevista.
Não concordo com os anónimos...acho o anonimato estupidez...olhem isto como uma ironia!

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 13:51, concordo que qualquer pessoa tenha direito ao anonimato, o que eu venho a pedir de há algum tempo a esta parte é que sempre que comentem e queiram manter o anonimato, coloquem um nome qualquer fictício, para, tal como neste caso, não ter-mos de nos referir às pessoas como o Anónimo das X horas. :)