Eis uma Excelente Notícia Campomaiorenses…
"As operações de limpeza e desmatação das muralhas do Castelo de Campo Maior (Portalegre) vão começar até Março deste ano, garantiu o Director Regional de Cultura do Alentejo (DRCA), José Nascimento.
Segundo o responsável da DRCA, o organismo por si tutelado e a Câmara Municipal de Campo Maior (CMCM) vão assinar “até ao início do mês de Março” um protocolo para que se proceda à limpeza e desmatação das muralhas.
O acordo entre ambas as partes vai responsabilizar a autarquia a proceder à limpeza e desmatação daquela área.
“Este protocolo vai ser assinado desta forma por nós (DRCA) porque não temos nem equipamento nem mão-de-obra para esse tipo de serviços”, justificou.
O lixo acumulado em redor das muralhas, que se encontram em avançado estado de degradação, e o mato que cresce entre as seculares pedras que a constituem são o “cartão-de-visita” para os turistas que visitam aquela vila alentejana.
No interior das muralhas sobrevivem há vários anos, em barracas e carros degradados, mais de duas centenas de pessoas de etnia cigana que reivindicam junto da autarquia uma casa para viver.
De acordo com José Nascimento, o protocolo que vai ser assinado “poderá ser o ponto de partida” para desbloquear todo aquele “problema” social.
“Vamos sugerir à CMCM que desenvolva contactos com mediadores que tenham ligações àquela comunidade para que se encontre uma solução e para que a comunidade saia paulatinamente”, declarou.
À margem deste processo, os habitantes daquela vila alentejana, consideram que o avançado estado de degradação das muralhas “deve-se aos ciganos” que residem naquela zona e à autarquia que não procede à limpeza do monumento.
Em declarações à agência Lusa, Maria Leonardo Morcela considerou que “as muralhas atraem lixo e estão destruídas graças ao ciganos e à autarquia que não olha por aquele espaço”.
A mesma opinião é partilhada por António Molina, assegurando que “as muralhas estão destruídas porque vivem lá os ciganos”.
As acusações dos moradores são de imediato contestadas pela maioria da comunidade cigana que vive diariamente sem água, luz eléctrica e esgotos.
“Não é verdade, nós não destruímos nada. Já basta a miséria onde vivemos”, garantiu à Lusa José Soares Romão.
As muralhas foram erguidas na sequência da edificação do Castelo de Campo Maior, mandado construir por D. Dinis, em 1310.
O Castelo foi profundamente alterado em meados do século XVII, aquando das guerras da Independência.
Mais tarde, D. João V ordenou a sua reconstrução e no século XX o Castelo foi classificado como Monumento Nacional.
Na primeira metade da década de 1940, a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou obras de consolidação e restauro do conjunto.
Na segunda metade da década de 1960, realizaram-se intervenções nas muralhas do Castelo e na Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, conhecida também como Igreja de São Sebastião “o Mártir Santo”.
De acordo com a DRCA o interior do Castelo foi recentemente alvo de “obras de requalificação” e “provavelmente” abrirá ao público em Março. Outro dos projectos que a DRCA tem delineado para aquele espaço é a abertura de um posto de turismo. A Lusa tentou ainda contactar o presidente do município de Campo Maior, João Burrica, mas as várias tentativas efectuadas ao longo dos últimos dias revelaram-se infrutíferas."
(
in Diário do Sul)
Agora é esperar para ver…
Boa notícia não acham? Será desta?
Cumprimentos