terça-feira, 25 de maio de 2010

Mudam-se os tempos… e as vontades?

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades… alguém o escreveu e já milhares o transcreveram, citaram, cantaram e mal utilizaram.
Não existem dúvidas que os tempos mudam, é algo inevitável. Quanto às vontades parece ser bem mais complexo, até porque mesmo que a vontade mude, nunca tal chega para alterar os panoramas ou para fazer revoluções. À vontade deve juntar-se ambição, atitude, destreza, planeamento, clareza, coragem e diferenciação.
Continuamos a ter o nepotismo presente, sempre ao sabor do vento, o qual por capricho, leva a que o risco seja um medo impossível de contrapor, puxando-se pela segurança da facilidade. Não confundamos o nepotismo com networking.

Cumprimentos.

3 comentários:

Ulisses de James Joyce disse...

Estou a tentar descortinar nas suas palavras alguma mensagem subliminar.

Será que está a falar que as notícias da câmara são que "não há notícias"?

Até tinha uma certa coerência o meu raciocínio mas depois a parte final: "Não confundamos nepotismo com networking" deixa-me desorientado.

Penso que os ares de Lisboa estão a fazer-lhe mal. Está muito "aburguesado"...olhe que Campo Maior precisa de pessoas formadas que o olhem com carinho e não de pessoas formadas que desde longe o olhem com ar superior.

Este blog já conheceu melhores dias, eram os tempos da Luta, da oposição mas parece que agora há desilusão com aquilo que foi alcançado.

Sitiado disse...

Palavras sábias. O nepotismo irá estar presente em qualquer segmento e/ou estado evolutivo da sociedade. Sonhar alto é bom, mas para quê sonhar se depois não passou de um sonho. Quando se fala em voar alto não é com 95 octanas que se atinge uma altitude considerável aos olhos de uma sociedade que se diz evoluída. É preciso outra (mais e melhor) bagagem, analogamente ao combustível. Alguém já deve ter dito (não me apetece procurar referencias), que quem desenha e modela o ser é a sociedade, o ambiente em que está integrado. Vamos ter nepotismo enquanto existir corrupção, enquanto existir quem faça demais para outros pouco ou nada fazerem. Não sei precisamos de uma revolução (para alguém se amanhar) ou se devemos ficar a ver a banda passar. O que sei sim é que eu vou estar aí a fazer o melhor que posso, não vou lutar contra o sistema, não vou fazer manifestações. Contribuo para o PIB, o que é mais que suficiente.

Abraço, amigo

Três horas da manhã disse...

Bom dia Ulisses,

Retiro a última frase, só para si.

Concordo consigo em parte, até porque me ficava mal assumir essa burguesia, mas retirar essa conclusão por um texto, não será precipitada?

O meio molda o ser inevitavelmente, o que não quer dizer que seja negativo, até porque quem não se adapta ao meio está condenado à morte (Darwin).

Não consigo estar em dois locais ao mesmo tempo, notícias existem sempre, a verdade é que tirando o Jack, fazem-se algumas interacções mas de grande fragilidade e coerência.

Sitiado, agir é a palavra. Revoluções por esta altura iriam aumentar o rating e era uma chatice.

Cumps