quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Carta do Leitor (1) - "Baixa Lisboeta” à moda de Campo Maior!"

Inauguramos hoje uma nova secção n’ “Ó mê belo Campo Maiore…”!
Caso não tenham reparado, encontra-se um mail à vossa disposição para nos mandarem as vossas sugestões. Foi isso mesmo que um amigo do blogue fez, passo a citar o texto do autor João do Cágados.

“É verdade, não posso esconder a minha alegria por ver a minha amada vila cada vez mais bonita, a sua expansão ganha contornos de cidade! Hoje o plano urbanístico contempla várias construções, entre as quais, as futuras piscinas cobertas (já muito adiantadas) ou a futura zona habitacional do “Val Massano” (zona da Fonte Nova)! Espectáculo! Zona habitacional, que como o nosso querido presidente diz: “o que se pretende é atrair, não só os campomaiorenses que queiram comprar terreno ou construir a sua habitação naquela zona futuramente, mas também captar a atenção de alguns vizinhos espanhóis que queiram adquirir habitação aqui, no decorrer da proximidade com Badajoz”… Simplesmente fabuloso! A pergunta que eu levanto aqui e como o próprio titulo indica é:

E a vila velha? Que lhe vai suceder? Fica para os pardais? Ou à espera de alguma desgraça?

Pois é, cada vez mais a parte velha está mais desabitada, os jovens da terceira idade que lá vivem, infelizmente, vão caminhando para a “companhia do pé junto”, enquanto que os novos, esses, vão indo para os bairros novos, como o que irá ser construindo! Ficando assim, a nossa zona histórica ao abandono e à mercê da intempérie, quando tanto se falou no Museu Aberto e requalificação do nosso património histórico! Tendo em conta o caminho que vai levando a coisa, é mesmo para dizer que vamos de encontro de um uma nova “Baixa Lisboeta” (que para quem não sabe, está em ruínas e cada vez mais desabitada), só que esta é à moda de Campo Maior.”

João dos Cágados (Campo Maior, 26 de Agosto de 2008)

Nota: Em nome do blogue, agradeço ao autor do texto a sua colaboração, esperamos agora pelo texto de outro Campomaiorense.

7 comentários:

Anónimo disse...

Só se ficar pa museu! Não é o q a nossa querida Dra Golaio quer fazer!? Mas só que este vai ficar tipo ruinas romanas...

Três horas da manhã disse...

A zona mais antiga da nossa vila deve ser mantida, isso é mais do que óbvio. o que não implica que não exista um crescimento/expansão da mesma para outros lados.

A parte velha da nossa vila, à qual eu prefiro chamar de zona histórica, é um dos nossos mairores baluartes, muita gente pode ainda não ter reparado mas existem casas com pormenores nas fachadas lindos.

A verdade é que ultimamente se têm assistido a um abandono da zona histórica, tal, acho que se deve ao facto das pessoas buscarem casas com mais conforto, entre outras.

Algumas casas nessa zona, são só fachada...pois por dentro esconde realidades bem diferentes. Algumas necessitam de obras urgentes.

Desconheço, mas deve haver algum tipo de programa da Câmara, quanto mais não seja na ajuda das obras dessas casas. Ao que parece não é suficiente, sendo importante fazer muito mais. A nossa "baixa" precisa de pessoas a viver por lá.

Anónimo disse...

Realmente é útil e essencial a expansão da nossa vila, tanto a nível cultural como económico e político e, sem dúvida que, a construção dos novos bairros é um ponto bastante positivo. Contudo, as nossas raízes e a nossa cultura raiana estão edificadas na zona velha da nossa linda vila, por isso, penso que o reestruturamento desta zona só traria beneficios aos campomaiorenses e se, o preço das habitações fosse mais acessível do que na zona nova, até seria um atractivo para os jovens.
E, desta forma, poderiamos ver renascer Campo Maior!!

Elvascidade disse...

É o grande problema hoje em dia de todas as localidades. Acontece a expansão para bairros periféricos deixando desertificada a parte mais antiga. Quando existe parte histórica, ainda mais preocupante, o condicionamento e limitação de construções é um problema que deve ser resolvido por partes das autarquias.
Em minha opinião cabe às autarquias criar focos de interesse na zona urbana mais antiga para que o centro das localidades não acabe por morrer.

siripipi alentejano disse...

Em tempos houve um progtama a que se chamou "Plano de Reabilitação e Salvaguarda do Centro Histórico" a que o nosso Municipio se candidatou e para o qual houve comparticipação de Fundos Comunitários. Esse Plano obrigava à criação de um Atelier para apreciação de projectos de recuperação das edificações degradadas, além de também ajudar os propruetários desses prédios na elaboração dos respectivos projectos, isentando-os do pagamento de taxas e atribuindo-lhes outras beneces. A verdade é que esse palno foi implementado, foram recuperados pavimentos, foram feitos novos esgotos e condutas de distribuição de água no Centro Histórico.
Infelizmente os edifícios da zona Histórica continuam a degradar-se e ninguém lhes dá a mão. É um assunto que já foi levantado várias vezes na Assembleia Municupal e o Senhor Presidente continua a fazer ouvidos de mercador, a verdade é que há programas para recuperação dos Centros Históricos, no nosso Distrito existem Câmaras que candidataram projectos e jã estão fazendo a sua recuperação (Aviz, Portalegre, Gavião. etc.
O Minicípio de Campo Maior tem que fazer um levantamento exaustivo e junto do Governo apresentar a sua candidatura, é um assunto que também já abordei no meu blogue, pois para se atingir um fim, é necessário definir objectivos e esses não constam do rol de iniciativas deste Executivo.
Campo Maior, 28 de Agosto de 2008
siripipi-alentejano

Anónimo disse...

Todos querem comodidades. O Incentivo aos jovens seria uma boa oportunidade tanta para os jovens como pra essa parte da vila.

Anónimo disse...

Vamos animar a malta. Urge fazer algo em relação a esta situação, sobre pena de ficarmos com uma vila velha desertificada, triste e abandonada à imagem do que ocorre em muitas cidades de Portugal. A Câmara têm que fazer algo, já viram que para o Município parece não existir nunca problemas e que tudo está na boa? Deixo esta reflexão à vossa mercê.