quinta-feira, 5 de março de 2009

De Blogue a Blogue... As Chamas do Fénix

Hoje trago até vós, uma entrevista com o Sr. Paulo Gaminha, o editor/escritor do Blogue “ As Chamas do Fénix”.
O Blogue “As Chamas do Fénix”, é um local onde podemos encontrar a prosa no seu esplendor, onde as palavras tomam sentido e são domadas com mestria pelo “Fénix”.
Conheci este blogue através de um tropeço, porém hoje sou seu leitor assíduo, dá gosto ler os poemas que vagueiam por lá.
Antes demais, devo referir que o Sr. Gaminha, irá lançar brevemente (28 Março) o seu primeiro livro, que se irá intitular “Domador de Palavras” (para mais informação, clique aqui).

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Como surgiu o Blogue "As Chamas do Fénix"?
Dois amigos (Blog Dualidades) criaram um blog onde continham uma rubrica em que todas as semanas convidavam alguém para realizar um “post” com tema em aberto. Numa dessas semanas fui eu o convidado e gostei de participar, tanto que me aventurei no meu próprio espaço.

Qual a origem do nome do blogue "As Chamas do Fénix"?
O nome é anterior ao blog, no dia 8 de Julho de 2006 sofri um brutal acidente onde sobrevivi milagrosamente sem lesões de gravidade. Passado um ano, no dia 08 de Julho de 2007 decidi fazer uma tatuagem para de certa forma assinalar a data. Depois de ver e rever montes de livros com centenas de imagens fiquei emocionado ao encontrar aquilo que procurava uma “Fénix”. Foi essa a escolha, a ave que renasce das suas próprias cinzas, a ave que vence a morte. A partir desse dia passei a assinar os textos como “Das Chamas do Fénix”.

Como tem sido a sua experiência no mundo da Blogosfera? Acompanha a Blogosfera local?
O blog “As Chamas do Fénix” é a minha segunda experiência no mundo da blogosfera, o primeiro e também para mim muito querido tinha por nome “Espírito Sólido”.
Na blogosfera desenvolvi amizades muito bonitas, intensas e que se transferiram para o mundo real. Hoje sou sem dúvida um homem mais rico, pois tenho muitos mais amigos.
Acompanho a blogosfera local, mas não tinha por habito manifestar-me nela porque em certa medida queria preservar o anonimato. Repare que na primeira vez que o fiz fui praticamente identificado sem grande dificuldade.

Desde quando essa sua paixão por poemas?
Sempre adorei escrever, sempre foi uma paixão, embora por vezes deitada ao esquecimento.

Qual a parte do dia que gosta mais de escrever?
Qualquer hora para mim é boa, posso até dizer que não há hora perfeita para a minha escrita. Eu não escolho um tema, eu não imagino um poema… simplesmente é um fervilhar de emoções que me irrompe da mente e é jogado numa folha de papel tipo “vomito” de letras. Alguns dos meus textos foram escritos em guardanapos de papel enquanto tomava um simples café.

Qual a sua maior fonte de inspiração?
A minha maior fonte de inspiração é a vida. Tudo o que fomos, somos e aspiramos ser.

O que sente a poucos dias da estreia do seu livro?
Confesso que um pouco nervoso, afinal de contas a quebra do meu anonimato e logo com a notícia do lançamento de um livro surpreendeu muita gente. Mas acredito que vai correr tudo bem estou bastante confiante.

Considera-se um Domador de Palavras ou está Domado pelas Palavras?
Um domador de palavras, sem dúvida, pelo menos é a minha opinião. O amigo o que acha, que estou domado ou que sou domador?

Escrever é um vício?
Para mim mais que vício é uma necessidade, uma fuga de mim para encontrar o equilíbrio.

De onde surgiu a ideia de lançar o livro?
Posso dizer que fui “empurrado” a fazê-lo. Amigos que me lêem começaram a incentivar-me, a dizerem que deveria tentar. Um dia acordei e avancei. Hoje estou muito feliz com o resultado obtido.

Guarda o seu primeiro poema? Se sim, quer partilhar connosco?
Nem sei qual foi o meu primeiro poema e com toda a certeza não o guardo, provavelmente daqueles que se escrevem para os primeiros amores de adolescência muito sofridos e melosos. Mas tenho muito gosto em partilhar convosco um poema meu.

“Corações de Ouro”

Corações de ouro … tumbas de medo
Guardam em si a cobardia
Corações de ouro… com um segredo
Que nunca verá a luz do dia!!!

Corações de ouro…sem consciência
Egoístas…desalinhados
Corações de ouro…sem clemência
Pelos que a eles estão amarrados!!!

Corações de ouro… perdidos
Desajustados no seu sentir
Corações de ouro… escondidos
Chegam, para só pensar em partir!!!

Corações de ouro… decadentes
Sucumbem à vil conveniência
Corações de ouro… descrentes
Aniquilam tudo sem complacência!!!

Corações de ouro… estropiados
Com mascaras de doçura
Corações de ouro… camuflados
Levam outros à loucura...

Corações de ouro… escrevem vida
Sem saberem o que proferem
Corações de ouro… de saída
Atrás deixam os que ferem!!!

Julgo ter editado este poema no meu antigo blog mas é certo que não está no livro “Domador de Palavras”.

Está agendada mais alguma iniciativa além do lançamento do livro em Lisboa?
Gostaria muito de realizar algo a nível local, mas ainda não tenho nada previsto.
Mas é realmente uma ideia que tenho vindo a madurar em mim.
Quais as expectativas que tem em relação ao livro?
As expectativas que um pai tem para um filho… às melhores…
O lançamento do livro é uma aventura e espero que tenha final feliz e se torne o primeiro de muitos…

Onde poderão os interessados adquirir o “Domador de Palavras”?
Após a apresentação em Lisboa indicarei no meu Blog e noutros espaços que se mostrem interessados as livrarias onde poderão encontrar o livro à venda. Aqui a nível local poderão contactar-me directamente para adquiri-lo.


Quer deixar alguma mensagem aos leitores do “Ó mê belo Campo Maiore…”?
Espero que gostem do livro, lá irão encontrar paixão, sensualidade, amor, dor, critica social, esperança, enfim um somatório dos sentires que nos classificam como humanos. Leiam cada frase, cada poema com abertura de espírito, mas sejam audazes e críticos, só com a vossa critica poderei evoluir e crescer como poeta, mas sobretudo como Homem.
Aproveito para agradecer publicamente a todos os amigos que me têm incentivado e apoiado nesta iniciativa...a todos eles, obrigado.


Uma grande chama para todos… das chamas do Fénix (Paulo Gaminha)
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Estão à vontade para comentar.

Cumprimentos

PS: Visitem "As Chamas do Fénix".

30 comentários:

Anónimo disse...

Para mim esta foi a melhor entrevista.

Parabéns Gaminha!

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, o meu mais sincero desejo é que tudo corra bem na apresentação do livro do Paulo Gaminha.
Desde há algum tempo venho seguindo o que ele vai publicando. Nos seus poemas destingue-se já com muita clarividênCia que vai domando a apalavra com alguma mestria.
Mas, no meu entender, o domador não deve espartilhar a coisa domada, mas dar-lhe conteúdo, educá-la, formá-la, moldar-lhe o carácter próprio, para que nela se desenvolva uma personalidade.
É neste sentido que, ao ler os poemas que escreve, fico com a sensação que o seu ânimo poético não se solta, fica demasido constrangido na rima cruzada que utiliza, no esquema ABAB, e nas estrofes de quatro versos muito próximas ainda da modelo da quadra popular. Outro tanto acontece quando opta também pelo modelo formal do soneto.
Aqui, de certo modo o poeta que se assume como "domador de palavras" pode estar a condenar-se a dominador do seu próprio impulso poético em vez de lhe dar um espaço aberto de liberdade.
Escrevo tudo isto pela consideração que tenho pelo Paulo e pelo apreço em que tenho aquilo que escreve.
Todo o poeta tem de ser simultaneamente um escritor e um leitor de poesia. Ler os grandes poetas ajuda muito a desenvolver o âmbito, a forma e o conteúdo da nossa própria poesia.
Nada disto é escrito por presunção, mas por apreço e grande consideração.
Um grande abraço e toda a sorte do mundo.

As Chamas do Fénix disse...

Anónimo 1

Grato pelas tua palavras...

Uma Grande Chama para ti... Abreijos (dependendo do género...escolhe) :o)

As Chamas do Fénix disse...

Caro Fausto...

Desde já quero agradecer a belíssima critica ao meu trabalho, posso depreender dela que é um leitor atento do que escrevo.
Concordo com alguns dos pontos que aponta com outro nem tanto, mas é sem dúvida um comentário muito bem estruturado.
Tenho independente da forma, que poderá ser mais ou menos formal, o meu estilo próprio... leio outros autores que muito me agradam, mas nunca e acredite nisto com o intuito de beber deles influências para mim. Repare se eu escrevesse como o Camões, sempre seria um mau Camões, se escrevesse como o Pessoa sempre seria um mau Pessoa, se escrevesse como o Alexandre O’Neill sempre seria um mau O’Neill... assim prefiro ser um excelente Paulo Gaminha. Sou consciente que ainda tenho muito para evoluir, sou novo 34 aninhos a minha escrita nos últimos 2 anos deu um salto bastante significativo (opinião de outros leitores), mas mais por força das experiências que vivi do que propriamente por me ter dedicado ao estudo e interesse pela poesia. Cada texto meu é um pedaço de mim... um sentir, não sei como lhe explicar, é assim sai na sua forma bruta, tal e qual jorrou do meu íntimo.
Agora caro Fausto deixe que lhe diga que são criticas como a sua que me fazem criar forças para continuar e me deixam, confesso, orgulhoso do que estou a fazer.
O meu muito obrigado sentido.

Uma Grande Chama para ti... Abraço

Anónimo disse...

PARABÉNS , PAULO GAMINHA.
PELOS VISTOS COMEÇAM A HAVER CAMPO MAIORENSES A EVOLUIR NA ESCRITA

As Chamas do Fénix disse...

Anonimo 2

Obrigado pelas palavras tuas palavras...

Uma Grande Chama para ti... Abreijos (dependendo do género...é a escolher)

Anónimo disse...

Muito bem:
Seja cada vez mais um Paulo Gaminha cada vez melhor. Porque a excelência absoluta deve ser perseguida mas sem a presunção de que poderá ser alcançada.
Um abraço.

Anónimo disse...

Mais um a dar os parabéns ao Paulo, no entanto não posso deixar de realçar o facto de ser ainda mais meritório este destaque, uma vez que num país com poucos hábitos de leitura, e onde essa mesma leitura vai atrás de modas independentemente da qualidade, o Paulo consegue com Poesia sobressair entre os demais. Porque a Poesia não é linear, e dá azo às mais diversas interpretações (o que para muitos obriga a pensar e isso pode-se tornar chato), não se consegue difundir como os romances ou histórias ficcionadas, por isso também aqui o Paulo está de parabéns. Um abraço e boa escrita.

Anónimo disse...

Ao excelente post do Sr. Fausto, que comungo, os “camponeses” só podem exigir que continue...

...porque como a nossa Florbela disse; ser poeta é ser mais alto, é ser maior...

Campo Maior , necessita de mais jovens como você , para continuar-mos a ter esperança , e acreditar que “isto” pode melhorar.

Necessitamos das suas ( e de todos que tenham essa faculdade) palavras de alerta; necessitamos que nos ponham (outra vez) a pensar; nos ponham a divagar como nos sonhos ; para que mais rapidamente as nossas mentalidades (e vidas) possam mudar...

Pouco se importe com a colorização das palavras , deixe-as brotar assim naturais como em ;

Corações de ouro...estropiados
Com mascaras de doçura
Corações de ouro...camuflados
Levam outros à loucura...

...nós os provincianos, os mais rudes analfabetos, - mas por tudo isso mais sensíveis - percebemos melhor assim, sem “burilizações” nas palavras, o sentido das mensagens que nos envia.

Gostava de estar aqui mais tempo saboreando este café consigo... mas vida é madrasta.

Um grande abreijo Paulo ... ( Como gosta)

Anónimo disse...

Quem está também de parabéns é o "Ó mê belo Campo Maior": com este tema viu-se livre daquela assuada em que se transformaram ontem os comentários. É triste verificar como há tanta gente que só intervém quando se trata de "achinelar" as situações.
Eleva-se um pouco o nível e desinteressam-se de imediato.
E o mais triste é que essas atitudes vêm quase todas de um dos lados do campo de batalha em que se transformou Campo Maior.
É triste constatar que chegámos a esta feia e estúpida situação.

As Chamas do Fénix disse...

Latino…

Eu é que tenho de agradecer as tuas simpáticas palavras de apoio …. Obrigado

Uma Grande Chama para ti… Abraço

As Chamas do Fénix disse...

Dealoendro...

Após o por ti aqui exposto... apenas me sai um emocionado obrigado.

Uma Grande Chama para ti... Abraço

Kustanilha disse...

Parabens e continua!
De facto, só podias arranjar essa alcunha, de Fenix, porque quando tiveste o acidente e quem via o teu carro, nao acreditava que houvesse sobreviventes.
Abreijos(Como mais gostares).

As Chamas do Fénix disse...

Kustanilha

Agradeço-te as tuas palavras de apoio e de motivação.
Se eu acreditasse em milagres diria que tinha sido um o facto de sobreviver.

Uma grande chama para ti ... Abreijos

Anónimo disse...

Este gajo, n é k tenha nd contra ele, mas é o Graciano Saga d Campo Maior, porra ké só desgraças o k este tipo escreve...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
As Chamas do Fénix disse...

Quim_Patafina

É uma opinião respeito... é uma comparação também respeito... quanto às desgraças...
Deixo-lhe um exemplo das desgraças que escrevo se calhar mais ao seu gosto...

A luz da lua ...
...ilumina a tua figura que jaz no leito...nua
Tens a luz da calma que em ti descansa
depois do frenesim da nossa dança...
Desço para o fundo da cama...
Deleito-me em pensamentos...
Inebriantes aqueles momentos ...
...que te levaram à exaustão.
Nosso ninho...nosso mar de tesão...
Fera escondida em corpo de menina
Cio escondido, que o meu corpo domina...
Soltaram-se os sentidos...
Fantasias... rasgos de prazer incontidos
Dois corpos...duas carnes...dois seres fundidos
saciam a gana ...os impulsos...nunca esquecidos
Desdobras-te em mim ...
Boca que se arrasta no meu peito
Arrepio em que me deleito
Contorcidos, malabaristas do sexo
Posições... criações sem nexo...
O instinto que nos cobre
Sentir puro...nobre
Veias salientes no meu ser ...
Que fiz eu para te merecer!!!
Frio...calor...que nos alcança
Tu a funda ... eu a lança
As pupilas que se dilatam...
Braços presos que nos atam...
Unhas vermelhas que em mim se cravam...
...dedos meus que por ti lavram...
Lábios...língua...remoinhos nos teus seios
Digo...repito...amo-te sem receios!!!
Respiração ofegante...
Ritmo galopante...
Entro...vou...
Estocadas firmes de amor ...
Acelero... já não domino o que sou...
Gemes...gritas... apertas as pernas tensas
Só sentes... já não pensas!!!
Grito ... solto... jorro vida de mim...
Prazer... tremor ...que arrasto até ao fim...
Branco esperma que escorre do teu âmago...
Carícia...beijo... um afago....

Uma gran chama para ti... Abraço

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Bem que lamentações...afinal o patafina tem razão estes pomas são bem tristes.
já o autor é um bom rapaz, gosto de o ler e comprarei o livro, apesar da sua poesia ser muito funebre.
Uma chama para ele...

As Chamas do Fénix disse...

Caro amigo gestor do Ó mê belo Campo Maiore...

Agradeço que não apague nenhum comentário...mesmo que seja ofensivo à minha pessoa... deixe toda a gente partilhar as suas opiniões...
Não sou pretencioso ao ponto de querer agradar com a minha escrita a toda a gente...
Publique tudo e não elimine nada... as atitudes ficam com quem as pratica.
Temos de saber encaixar e ser superiores a isso principalmente quando recebemos criticas destrutivas e com ofensas pessoais...
Quem não sabe argumentar com sabedoria e senso comum ataca e tenta destruir só por inveja ou simples ignorância... Como se diz aqui na santa terrinha ... ovelhas não são para mato... nem arroz doce para brutos...
A mim ninguém me lê por obrigação... nem ninguém terá obrigação de adquirir o meu livro... o meu projecto "pessoal" está a nascer e isso acontecerá sem duvida, nada o deterá...
O meu objectivo principal já foi alcançado...
Obrigado a ti por me teres dado a oportunidade de partilhar as minhas motivações aqui no teu cantinho... obrigado aos que me apoiaram e me incentivaram e me corrigiram com educação... e obrigado aos criticos negativos por me deixarem com a certeza... que fiz um bom trabalho... que só lhes deu aso a criticas de natureza pessoal...e não a critica literária...

Uma grande chama para todos... das chamas do Fénix

Anónimo disse...

Lool...Com tanta chama o Gaminha ainda puxa fogo a isto tudo...
Coitadinho, não deve ser mau rapaz, mas o que tem de bom tem de parolo.

Anónimo disse...

Caro Gestor do "Ó mê belo Campo Maiore", passo não com a obrigação, mas com um prazer imenso em visitar esta magnífica página, cheia de qualidade e bom-gosto, que tanto aprecio e estimo, quero dizer-lhe que fiquei maravilhada da forma como expõem as notícias, informação, com uma uníca finalidade, valorizar a Vila e o Povo de "Campo Maior", deixo desde já os meus Parabéns por o seu trabalho, onde nos brinda com textos lindos, portadores de mensagens concretas e palavras escolhidas criteriosamente. Voltarei!!!

Como comentadora, como leitora atenta não podia deixar passar sem deixar uma mensagem ao Sr. "Anónimo" e ao Sr. "Quim Pata Fina":
Saber Ler? Saber escrever? Saber interpretar? Como é que isso se consegue? Através da criatividade que poderá estar, entre outras coisas, na palavra, na sonoridade, no ritmo, nas figuras de estilo etc... Porém, tudo isto poderá estar num texto e pouco ou nada dizer a um leitor. Então o que toca o leitor? Sem dúvida a emoção. A poesia é a partilha de emoções entre um autor e um leitor. Por norma quando o leitor expressa: "É lindo", significa que o que acabou de ler, lhe tocou na sua essência como ser humano.
Pois bem meus caros amigos, o que este poeta faz... e faz muito bem, faz com vida faz com alma...ESCREVE...o que infelizmente não é para todos, porque a avaliar por tão "pobres" comentários (destes 2 leitores) me leva a pensar que nada percebem de poesia nem o quanto é importante para um escritor a escrita.

A ti Paulo, te digo:
Nobre Poeta
Nós somos tudo aquilo que queremos ser!
Mesmo que não sejamos aos olhos dos outros, mas sim aos olhos do nosso coração!!
Um bjo... e muito sucesso para o teu livro e muita sorte para ti...Continua a ser o poeta que és para ti... e para quem gosta de te ler como eu.

Bjo
Fatima Teixeira

Anónimo disse...

Dedicado à Dona Fátima Teixeira.

Senhora… com tão poucas armas me tentais combater,
Sonhais vós que com lamechas me vais ferir?
É lamentável mas vou ter de lhe dizer,
Que grande pança apanhei de tanto rir.

Sou calceteiro e calceto eis a minha arte.
Quis o fado que não tivesse outro dom
Como o de pintar ou cantar…tudo faz parte,
Sempre com honestidade e bom-tom.

Se tanto engenho tendes vós para criticar
Vinde com força e com protecção divina…
Assim talvez não vos acabe por martirizar.

Como o fiz minha senhora menina,
Sem necessidade de a envergonhar
Acaba por ir daqui mais enxuta e fina.



Minha cara erudita ou entendida em assuntos de obra poética.
É nobre o seu gesto mas má a sua palestra do altar da falsa sabedoria, não está em causa a expressão do artista, minha cara e entendida em poesia, o que está em causa em toda a criação artística é a transmissão de arte, de um mundo sonhado ou idealizado que o leitor procura para se satisfazer na fantasia, seja ela vestida de contentamento ou martirizada pelo sofrimento. O nosso estimado Pessoa, o Fernando, mais entendido que eu em assuntos de poesia, não sei se também o será mais do que a senhora, chega a afirmar que, “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente”.
A arte e toda a criação é um almejar da perfeição, tal qual o ilustre e simples Miguel Torga nos tenta transmitir nalguns dos seus poemas, o poeta e o drama da criação poética, são como o arrastar constante de uma pedra por uma colina acima, quando pensamos que estamos no cimo, ou mais perfeitos se preferir, eis que a pedra rola e lá voltamos nós ao árduo trabalho da criação novamente, Sísifo, figura mitológica representa isso mesmo, o esforço eterno.
Minha nobre e estimada senhora com todo o respeito, leia primeiro o Antonio Aleixo, só depois e sem pressa dê uma vista aos manuais dos grandes mestres.
Cumprimentos.

Zé Camões disse...

Peço desculpa Sr. 3 da manhã mas venho comentar este post já antigo para defender o Paulo.
Em primeiro lugar há que enaltecer o facto de ser da terra e de lançar um livro, sendo este de poemas ainda mais valioso é.
Em segundo lugar tive de “apanhar uma pança de rir”, pois a Dona Fátima calculou poder repreender alguém e julgando-se superior acabou por piar fininho… até deu uma certa graça.
Paulo se me estás a ler um grande abraço para ti, mas olha que o maldito calceteiro não deixa de ter uma certa piada.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Sr. Zé Camões, muito obrigado pelo comentário super esclarecedor, mas em algo estamos de acordo:
Defender acima de tudo o que possa enaltecer o bom para a Vila de Campo Maior...

Com Respeito,
Fatima Teixeira

Anónimo disse...

Sr. "Quim_Patafina",

Respeito a sua resposta, apesar de não concordar com alguns argumentos apresentados. Mas fui educada e aprendi a lidar democráticamente com opiniões diferentes das minhas.

Quanto ao ler António Aleixo... pois como já disse anteriormente sou alguém que gosta de ler... Respeito e elogio o grande poeta popular que este Sr. "António Aleixo" foi, assim como "Fernando Pessoa" e "Miguel Torga".

Tenha uma semana produtiva,

Fatima Teixeira

Zé Camões disse...

Dona Fátima não entendo o porquê do sarcasmo contra mim mas se assim é nada mais tenho a dizer, a não ser, “faço minha as palavras do Sr. Quim_Patafina”, mas se me permite acrescento ainda:
Não é o caso mas se a vila tivesse um Zé Cabra local e se eu não gostasse, teria de o defender só porque é de Campo maior?
O Paulo parece ser bom rapaz e parece exprimir um sentimento na sua poesia, no entanto pode ser poeta e bom sem exprimir algum tipo de sentimento, pode ser tudo falso, e qual é o problema? Digo-lhe – Não é nenhum. Desde que a escrita seja boa.
Deixe-me referir que existe a subjectividade, sendo talvez esta a grande força motriz, que motiva o gosto por…verde, vermelho, Sporting, Benfica, frio ou quente. O mesmo acontece nos filmes ou nos quadros. Nem todos podemos gostar só de Dali ou só de Picasso.
Dona Fátima sem ironias ou joguinhos espero ter sido claro.

Anónimo disse...

Por favor..,parem de falar sobre poesia num registo analítico-académico do tema e vamos dar espaço "à poesia", "à poesia" da chama da fénix.......nix..nix...

sr. patafina,
ve-se mesmo que não compreende nada de poesia, deixe que lhe diga.
De facto, lamento que não consiga ver o "guerreiro" que há na chama do fénix, o "lutador que desempoeirou a velha armadura esquecida", e isto sem se esquecer de "afiar a espada (quase quebrada", claro, em chama de vida...).
O sr. patafina não consegue deslumbrar o sacrilégio tortuoso que tem sido a vida daquele rapaz (tão novo ainda!! mas tão entendido em assuntos de sensibilidade), não vê que é esta sina carrasca que se assume como o instrumento de criação artística do poeta???!!!Vê-se mesmo que tem pouca formação e aptência para as letras!!(o sr. patafina, claro).

Veja, veja bem sr. patafina quando o rapaz aborda a temática amorosa nos seus poemas como é "Domado" pelos seus instintos primários e viola o branco da folha com o tumulto de paixão trágica que o preenche("fera escondida" "desdobras-te em mim" "o instinto que nos cobre" "veias salientes no meu ser"). Cuidado com o rapaz sr. patafina, olhe que é um genuíno lutador, "luta pelo seu mundo e contra quem o desafia", e por mais baldes de água que lhe atirem não lhe apagam a chama para aí assim... É ele o "cavaleiro andante" de que Antero falava, e "por desertos, por sol, por noite escura", "paladino do amor busca anelante", "o palácio encantado da ventura"....

Continua Paulo, não pares "nunca nunca nunca mais..."

Anónimo disse...

Sr, "Zé Camões", não vou contrariar a sua análise em relação aos meus comentários, pois que, não se trata de um debate de ideias...Por outro lado, gostaria de lhe dizer que, mesmo quando não concordamos com a reflexão ou análise de alguém, não devemos pensar (como é o seu caso) que a nossa interpretação é a mais acertada...Depois, lamento que não tenha compreendido o meu comentário. Existem certos conceitos como sarcasmo, crítica implícita que deveria aprender...
Eu explico devagarinho, o comentário que fiz foi uma opinião minha, por isso quando diz que “não entende o meu sarcasmo” só me ocorre ou que não leu, ou que mesmo lendo não compreendeu, o que escrevi. Em qualquer dos casos, dispenso a continuação a este tipo de comentários. Terminar (significa: acabar, concluir em Português correcto)...

Com respeito,

Fatima Teixeira

Zé Camões disse...

Cá está a Sr.ª novamente “a pôr e dispor”, a tratar os outros como talvez gosta de ser tratada, inclusive o seu à vontade é tão grande que lhe permite ditar quando acaba a conversa bem ao jeito do sinónimo de um dicionário do Google.
Regra geral, não costumo ligar a pessoas absolutistas no pensamento, muito menos a pessoas que criam estereótipos, como o que a senhora sentiu quando se dirigiu pela 1ª vez ao Sr.patafina.
Pelos vistos levou dele um valente e sábio puxão de orelhas e nota-se que aprendeu a lição, contra ele já não foi. Não tive eu tal sorte, mas – “cá estou”, como dizia o outro.
Por estar e bem presente, devo dizer-lhe que não preciso de trabalhar numa biblioteca nem ser professor, para saber detectar figuras de estilo e figuras parvas, mas já que a senhora faz questão de me examinar, digo-lhe que entendo de sarcasmos, ironias e “marasmos”, estes últimos no singular e no feminino, são aqueles que eu devia ter usado para consigo, mas não o fiz. Não o fiz porque nunca deito ninguém à indiferença, marasmo se preferir, pois sou liberal e crente na individualidade de opinião.
E sendo que não fui eu o causador de tão grande e demorada conversa, só me resta despedir e assim no final colocar, se você concordar, um grande .