segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desemprego em Campo Maior...

Enquanto lia o Linhas de Elvas, deparei-me com a seguinte tabela, a qual achei que seria interessante partilhar convosco.

(Fonte: Linhas de Elvas) Clique na imagem para melhor visualização

Em Campo Maior, o número de desempregados aumentou substancialmente, entre Novembro de 2007 e o mesmo mês de 2008. Em Novembro de 2007, era 277 as pessoas que se encontravam desempregadas inscritas no Centro de Emprego, passado um ano são 371 pessoas, o que dá um aumento de 33% (mais 94 pessoas).

Se tivermos por referência o número de residentes na Vila e o número de desempregados à data de Novembro, podemos concluir que existe uma taxa de desemprego em Campo Maior de 4,4%, em 2007 esta rondava os 3,3%.
O que se deve reter e realçar, é o aumento abrupto do número de desempregados na nossa Vila e entender a razão deste número.

Obviamente, este acontecimento está intimamente ligado à crise, que tem afectado em especial a “fábrica da borracha”, a qual não tem renovado alguns contratos, é esta a principal razão do aumento deste número. Além isso, não existem empresas neste momento a fazer recrutamento, o que faz pensar que este número muito dificilmente irá descer em 2009.

O número de desempregados, também deverá ter subido pela inscrição de jovens que estão neste momento à procura do seu primeiro emprego. Outro dado que se deve ter em consideração, é ainda o aumento de população "nómada" com direito a Rendimento Social de Inserção (RSI) ,que têm que obrigatoriamente estar inscritos no desemprego para poderem ter direito do rendimento.

Tendo em conta tal, será necessário que sejam tomadas medidas, de forma a minimizar o efeito da crise, o governo de uma maneira mais ou menos consensual esta a apostar no investimento, entre outras medidas. Muitas autarquias não ficaram de braços cruzados, tomado elas prórprias também algumas medidas importantes de maneira a minimizar os efeitos da crise.

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“A Câmara de Boticas anunciou hoje medidas de apoio à população que passam pela redução e isenção de pagamento de algumas "taxas e tarifas", com o objectivo de minorar os efeitos da crise e apoiar a fixação dos jovens no concelho.
O presidente da Câmara, Fernando Campos, referiu que se trata de "um conjunto significativo de incentivos que irá contribuir para atenuar as dificuldades financeiras com que a população do concelho de debate".

"Na actual conjuntura financeira que as autarquias atravessam são os incentivos possíveis e traduzem-se numa perda considerável de receitas", sublinhou.

Os apoios entram em vigor já em 2009.

A câmara vai reduzir para metade o valor das taxas devidas para a construção de habitação própria, financiada com recurso a "crédito bancário à habitação" para jovens, desde que o casal tenha uma média de idade não superior a 35 anos ou, no caso de jovens solteiros, com idade não superior a 35 anos.

Por sua vez, os jovens agricultores, financiados por fundos comunitários, vão contar também com um desconto de 50 por cento do valor das taxas devidas no licenciamento de armazéns, estábulos, vacarias ou outras construções.

Entre as medidas anunciadas pela autarquia está a isenção de pagamento do valor das taxas devidas no licenciamento das operações urbanísticas relativas a obras de reconstrução e reabilitação de edifícios antigos, desde que usados materiais tradicionais.
(...)
Segundo a fonte, serão também reduzidas em 50 por cento as taxas de publicidade e concedida a isenção nas taxas de ocupação da via pública (para esplanadas).”
(in Marão online)

E a Câmara Municipal de Campo Maior? Que fez para minimizar os efeitos da crise? Como podem ver pelos números, a nossa vila não esta imune à crise! Urge tomar medidas!


Cumprimentos

17 comentários:

Anónimo disse...

A propósito de crise e dos seus efeitos no desemprego em Campo Maior:

- Querem fazer o favor de reflectir sobre o que seriam esses números se, na maior empresa da nossa terra, predominassem os meros critérios economicistas por que, em geral, se regem as empresas?

- E se, essa maior empresa, para evitar a redução dos lucros como efeito da crise, se libertasse dos 25% de pessoal que, reconhecidamente tem ao seu serviço? A quanto ascenderia a taxa de desemprego?

- Conhecem muitas empresas que tomem tanto em consideração as consequências sociais das suas decisões?

- Quantas famílias sofreriam se não fosse esta a prática de empregabilidade dessa empresa?

- Seria a magnífica prática administrativa do executivo municipal que resolveria todos esses problemas?

Acho que em Campo Maior há gente de mais a falar sem pensar.
Há sobretudo muita gente que, para cuidar dos seus interesses imediatos, ignora completamente o que é mais essencial para Campo Maior e para as famílias campomaiorenses.
Vamos lá ser sensatos e ponderar com inteligência, porque os tempos não vão para brincarmos tolamente com questões de tal gravidade.

Anónimo disse...

Não vás tão longe!

A Câmara de Elvas foi a primeira do país a tomar medidas, já no ano passado, para ajudar as famílias e as empresas a aguentar a crise, reduzindo as taxas de construção no centro histórico e nas freguesias, de urbanizações habitacionais e de loteamentos industriais, de construção para fins empresariais, etc.

Cprs.
Francisco Luís Alvarinho

s.joao baptista disse...

Hoje em dia o tema principal é o desemprego, fenomeno esse que afecta muitos portugueses e campomaiorenses, em especial. Esse aumento deve-se de facto á situaçao da fábrica da borracha.
Tendo conhecimento de uma familia em que só o homem trabalhava e foi apanhada na onda da não renovação do contrato de trabalho, com filhos e sem subsidio de desemprego esperam-se dias muito complicados para esta familia que eu conheço.
Quanto á ajuda da camara, penso que esta podia abdicar durante estes dias de taxas como IMI, taxas do lixo e mais algumas poderiam ajudar todas as familias de Campo Maior, pois seria uma medida que beneficiaria todos e ainda mais os mais frageis . Quanto ao lixo ainda não consegui perceber, o porquê da não utilização de COLETES REFLECTORES por parte dos funcionarios da camara que fazem a limpeza da vila? Será a crise que nao permite comprar um colete de um euro? Ainda á dias um amigo meu ia levando alguns pela frente porque de noite a visibilidade é nula e já agora os carrinhos de mao tambem nao tem nenhuma sinalizaçao!!

Anónimo disse...

Que saudades! Hoje sim, 3 AM no seu melhor! Simples elucidativo e não se ficando pelo óbvio.
A câmara deveria fazer alguma coisa a respeito, talvez desse mais jeito tomar algumas medidas como as referido em detrimento dos espectáculos.

Rapaz deixa a Rapariga disse...

Não entendo os campomaiorenses, quando se fala do vizinho aparecem a comentar que fulano e juliano fazem e aparecem, quando são temas realmente importantes e através dos quais poderíamos pressionar os nossos políticos, aí ficam calados.
O Município ainda não tomou medidas e nem vai tomar, pois não existe no executivo camarário vontade nem bondade. Meus senhores, ninguém vos pede que sejais os salvadores do mundo, mas sim que ajudeis o povo!

Anónimo disse...

Pois é, meus caros. E que vamos nós fazer, como vamos apaziguar a nossa consciência, quando, daqui por pouco, tivermos de assistir ao espectáculo afrontoso do despesismo que se vai levar a efeito no carnaval?
Vocês já viram como funcionam as cabeças que gerem a nossa terra. Constroem-se sanitários a poucos metros de outros que já existiam. Destrói-se um coreto carregado de valor histórico e patrimonial (pois era obra de artesãos campomaiorenses), para construir u novo. Quanto custa tudo isto?
E os dinheiros gastos com os fatos carnavalescos? Quanto custam todas estas loucuras?
E que faz a câmara para remediar as situações críticas que estão a viver alguns dos seus munícipes?
O dinheiro gasto ao desbarato não seria suficiente para acudir às situação mais desesperadas?

Anónimo disse...

meuas amigos gostava de saber quem fez a crise! ela ai está, e quem a vai pagar e a classe mais pobre, como sempre, todos os empresários incluindo a camara podiam e devem diminizar a crise para os campomaiorenses, há muita forma em fazê-lo haja vontade, aqui em campo-maior não existe formação para os jovens,acabam a escola são atirados para a rua sem futuro algum, depois está ai o seu resultado meterem-se em maus caminhos, mas há culpados nesta materia e muito, enfim é esta a politica do partido socialista, tambem penso que em portugal e não só pode haver grandes conflitos sociais incontronáveis o governo e os empresários devem meter isso em conta, tambem já notei que quando é um tema para resolver grandes problemas da vila, tudo fica calado até me parece que estão contentes da situação presente, assim não é bom para a democracia, eu já disse e repito estou desponivel para combater as injustiças e fazer um campo-maior mais limpo os meus cumprimentos

Anónimo disse...

O sr. Joaquim deve viver obcecado pelo Partido Socialista.
Cada coisa que diz, a culpa é do Partido Socialista ou do município.

Se os Bloquistas estivessem no poder é que havia de ser bonito!
Eram pessoas pelos cantos das ruas a fumarem o seu charrito!!!

Anónimo disse...

Pronto! Já cá faltava quem viesse achincalhar a conversa. Bolquista ou não, estamos em democracia. Eu também considero que é estrnha esta fixação num partido. Mas não me acho no direito de ofender.

Anónimo disse...

Correcção sr. Joaquim:

Os jovens de Campo Maior, chegam ao nono, fazem-nos a custo, os que chegam ao 12.º sofrem, e depois vão para a Porta da Delta, porque já não estudaram a pensar que tinham emprego garantido.

Abraço

Anónimo disse...

Já pensaram se, de facto, os campomaiorenses até estão felizes com a vidinha que levam? Se calhar até estão e andam todos a pensar, por aqui, que só por estes que aqui vêm pensam que há coisas mal, todos têm de pensar...

Talvez sejamos a minoria e não tenhamos razão...

Anónimo disse...

Sr. José Matias:

Sem querer pôr em causa os seus princípios morais ou profissionais ,ou a grande crise, ou o desemprego, ou as empresas , ou os grandes “beneméritos”, ou os grandes “coveiros” de Campo Maior, ou os seus “acérrimos” defensores, ou os seus detractores, ou os “políticos” que vêm aproximando-se (ano de eleições) de mansinho (como lobos) também aos blogs...convém mesmo assim - estar-se atento ás estratégias de manipulação e diversão, graças á catadupa de distracções (ex: futebol , telenovelas, carnavais, fogos de artificio, etc.) e informações insignificantes ( Maddie, Freeport, BPP, BPN, assaltos pelo Zé da esquina, etc.) - sempre sem consequências - anunciadas e alimentadas diariamente por “comentadores” e “jornalistas” papagaios”, nos seus órgãos de comunicação( público ou privados) nos quais toda essa amálgama de políticos e financeiros, se movimentam, e manobram tudo e todos a seu belo prazer .

...compreendo Sylvain quando nos alertava , que a função destes poderes é: "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada (embriagada) por assuntos sem importância real. Manter o povo ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado somente para a “palha” da manjedoura como outros animais.

...deixar desenvolver, fomentar e apregoar nas TVs a violência urbana, organizar crimes - com quanto mais sangue melhor - a fim de que o povo atemorizado passe a reivindicar ( como se fosse remédio santo) mais órgãos de segurança ( ex:GNR+PSP) e leis securitárias em detrimento da liberdade.

... desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente.

...ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.

...outro modo que apregoam diariamente é a decisão “difícil” de tomar medidas impopulares e apresentá-la como "dolorosa mas necessária", implorando o nosso acordo no presente, para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil fazer aceitar um sacrifício futuro (TGV+Aeroportos+Auto estradas onde já existem) do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque nós temos sempre a tendência de esperar ingenuamente que "amanhã tudo será melhor" . Finalmente, porque isto dá tempo a todos nós, a de nos habituar-mos à ideia da mudança e aceitá-la como "um mal menor" quando chegar o momento.

...manter o povo na ignorância e no disparate e levá-lo a actuar de modo a que o maioria do povo seja incapaz de compreender as tecnologias, os métodos, os processos por eles utilizados, para melhor nos controlar e explorar.

...a qualidade da educação ( veja-se a degradação – intencionalmente provocada - que grassa no ensino de há uns anos para cá) impingida às classes inferiores, é nestes tempos da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores (vidé ex:ciganos em CM) e encorajar o povo a considerar "porreiro" o facto (sem nos dar-mos conta) de que somos ( esmagadoramente) idiotas, insignificantes e incultos”.

Reparo que isto já vai longo e ainda levo um raspanete do Sr.3hm... e tenho a minha dourada por grelhar, hoje acompanhada com papaia, e limão... que o domingo foi de “bruchas”com tintol.

Cumprimentos a todos.

Três horas da manhã disse...

Oh caro Sr. Dealoendro,

Por mim podia continuar a escrever, gostei de ler o seu texto e concordo. O poder politico tem como máxima a distracção, é esse o jogo que nos fazem, existem mil e umas maneiras de o fazerem...

O importante é sabermos distinguir o trigo do joio, não é difícil, sempre que houver alternativa.... o difícil é haver alternativa!

Cumps

Anónimo disse...

Camarila CMJ


Realmente há exageros por parte da câmara, mas se o 1º ministro alega que se combate a camara com o investimento tecnologico, tambem o nosso prsidente pode alegar que faz tudo o que faz em prol do turismo e do bem-estar dos campomaiorenses... Balelas!! Aquilo que precisamos é de ajuda! Querem que paguemos e nós pagamos. Talvez até nao falassemos disso se houvesse um esforço por parte do nosso "governo municipal" em nos ajudar.Mas nao... mas nada...
Talvez ajude, não posso falar daquilo que não sei na sua maioria, mas por aquilo que vejo há coisas que podem ser suspensas por um tempo para "sobrar" dinheiro para a classe mais baixa... é que qualquer dia rebentamos!!!

Cumprimentos a todos e um bom tema para se poder discutir! :)

Anónimo disse...

eu só falo a verdade, e o que eu digo está há vista de toda a gente, eu sei que custa ouvir a verdade a algumas pessoas mas paciência... esta fixação é correcta e responsavel SRA.JANITA e tambem é verdade que estamos em democracia ainda bem tem esse conhecimento, desculpe a minha critica os meus cumprimentos

Anónimo disse...

o sr joaquim va ler o relatorio da OCDE sobre a educação.

Anónimo disse...

Claro que esta crise e o desemprego na nossa terra nos deve preocupar, mas há que pensar bem as medidas a tomar para ajudar os mais necessitados a suportar estes tempos que vão ser bastantes dificies para muitas familias campomaiorense. Não vai ser concerteza com a baixa de algumas taxas como se sugere que essas familias serão ajudadas mas sim com bolsas de emprego a desenvolver pela autarquia e Centro de emprego.
No que respeita à baixa de taxas pela nossa autarquia em minha opinião nunca deveriam ter chegado aos valores que estão.Mas há responsáveis pelas elevadas taxas que pagamos em Campo Maior e esses responsáveis são os elementos da Câmara e Assembleia Municipal que foram eleitos por todos nós.
As taxas que hoje pagamos estão a asfixiar o desenvolvimento económico e social do nosso concelho.
Aproveito esta oportunidade para solicitar aos nossos governantes municipais para baixar todas as taxas assim como a do IRS e derramas.